Sonho da casa própria se constrói mais rápido
25.08.2013
Nunca houve tanto crédito disponível no mercado e de fácil acesso aos interessados em comprar um imóvel
Juros menores, prazos maiores, crédito muito mais acessível. Essas condições, criadas pelo governo nos últimos anos, tendo como suporte o avanço e a estabilidade da economia do País, tornaram o sonho da casa própria possível para milhões de brasileiros, que antes apenas podiam imaginar um lugar para chamar de lar. Nunca houve tanto crédito disponível no mercado e nunca os brasileiros tiveram tanto acesso as esses recursos.
O aumento da concorrência entre os agentes financiadores também tem facilitado a compra da casa própria. Hoje, mais bancos realizam esse tipo de financiamento e disputam entre si os clientes, que têm à sua disposição a opção de escolher entre a instituição financeira que lhe oferece as melhores condições para a realização deste sonho.
"O crédito imobiliário iniciou sua retomada em 2005. Para se ter uma ideia, naquele ano, apenas a Caixa Econômica financiou R$ 5 bilhões. Já em 2012, os financiamentos imobiliários feitos pela Caixa saltaram para R$ 100 bilhões. Isso apenas da Caixa, sem considerar outros bancos. A retomada do crédito imobiliário no País tem como marco a Lei nº 10.931 (de 2 de agosto de 2004), que dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações imobiliárias e alienação fiduciária do imóvel, o que trouxe tranquilidade tanto para quem compra, quanto para quem vende", explica o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro.
Mudança
Conforme o líder classista, esse marco regulatório foi o início de uma ampla mudança na concessão de crédito para o financiamento de imóveis no Brasil, que, em sua avaliação, "mudou a feição da construção civil no País como um todo", transformando o mercado não apenas para as construtoras, mas também para os consumidores.
Antes, além de não possuírem tanta facilidade de acesso ao crédito, a população não tinha segurança para adquirir um bem como uma casa, a um prazo mais extenso. "Antes, as pessoas não tinham confiança de que as prestações do financiamento imobiliário seguiriam normas pré-determinadas, como ocorre no SAC (Sistema de Amortização Constante). Há alguns anos, as pessoas financiavam a casa e, quando terminavam de pagar todas as parcelas e acreditavam que tinham quitado a dívida, verificavam junto à instituição financeira que ainda havia um saldo devedor enorme, às vezes, suficiente para comprar outro imóvel. Depois de tantos anos pagando, ainda havia o saldo residual", conta Montenegro.
Marco
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic) também destaca a Lei nº 10.931/2004 como um importante marco para o setor imobiliário no País. Ainda em 2004, a Cbic elaborou uma cartilha na qual explica cada aspecto da Lei nº 10.931, avaliando que três palavras resumem o sentido desta lei: segurança jurídica, transparência e credibilidade.
Na publicação, a Cbic destaca ainda que "a Lei nº 10.931/2004 foi criada para estabelecer um novo parâmetro de regulação entre os atores do setor da construção, com destaque para os consumidores, que passaram a ter um nível de segurança jurídica bastante elevado. A Lei representou um marco na história da economia brasileira, ao unir o mercado imobiliário, financeiro e de capitais".
Estabilidade
O presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE), Marcos Novaes, avalia que o primeiro passo para o avanço do crédito imobiliário no País foi dado um pouco antes, em 1994, a partir da implantação do Plano Real.
"A estabilização da nossa moeda foi o primeiro passo. Antes, a gente não conseguia planejar o nosso futuro. A partir do Plano Real, com a moeda estável, a inflação sob controle, as pessoas puderam planejar melhor o futuro, planejar a aquisição da casa própria", afirma.
Referência
Conforme Novaes, o Brasil é hoje uma referência em crédito imobiliário, devido ao seu sistema bancário bem regulado, e a tendência é que o financiamento para a aquisição ou construção de imóveis continue crescendo no País. "A inflação sob controle, a poupança e o FGTS lastreando o crédito e as construtoras em um momento muito bom favorecem a expansão do financiamento imobiliário", acrescenta.
Incentivos
Além do marco regulatório e da estabilização da moeda e da inflação, o crescimento da economia brasileira, a maior geração de emprego e a melhoria na renda da população foram outros fatores propícios para incentivar ainda mais o aquecimento do mercado imobiliário e facilitar a liberação de crédito.
Com as condições macroeconômicas favoráveis, o governo reduziu juros e estendeu o prazo para financiamento, fazendo brilhar novamente nos olhos dos brasileiros a esperança de conseguir a almejada casa própria. "Em 2005, o prazo máximo para o financiamento de um imóvel era dez anos. Hoje, o prazo chega a 35 anos. A vantagem é que a prestação ficou menor", diz André Montenegro. "A população criou mais confiança para investir em longo prazo", ressalta. "Os juros também continuam muito atrativos, variando entre 4,5% e 9%", completa.
Minha Casa, Minha Vida
Ao mesmo tempo, o vice-presidente do Sinduscon-CE ressalta que o governo federal também foi um grande incentivador do setor, a partir da criação do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), em 2009.
"Além dos benefícios de até R$ 17 mil para os consumidores incluídos no MCMV, o governo também instituiu o Fundo Garantidor. Se uma pessoa perde o emprego, por exemplo, o governo garante o pagamento das prestações, assegura que o cliente não vai ficar inadimplente por um ano", diz, ressaltando que isso é mais uma segurança para quem atua no mercado e uma tranquilidade para o consumidor. "Pelo lastro do crédito imobiliário, que vem da poupança e do FGTS, e pela grande demanda, uma vez que o Brasil ainda possui um déficit habitacional de aproximadamente sete milhões de unidades, o financiamento para o setor continuará crescendo pelo menos por mais 20 anos", completa o presidente da Coopercon-CE.
Reestruturação
O economista Alex Araújo, por sua vez, avalia que dois fatores principais contribuíram para a facilitação da oferta de crédito imobiliário no Brasil: o acesso ao mercado de capitais pelas grandes incorporadoras, nos últimos cinco anos, e a reestruturação do Sistema Financeiro Habitacional (SFH).
"O primeiro ponto facilitou a retomada da oferta imobiliária e a melhoria dos projetos, tanto com relação à tecnologia construtiva quanto com relação aos projetos arquitetônicos. Já o segundo, com a redefinição de paramentos mais realistas para o crédito, principalmente para as faixas de renda mais baixas (exemplo do Programa Minha Casa, Minha Vida), permitiu o acesso ao financiamento", avalia o economista.
Juros menores, prazos maiores, crédito muito mais acessível. Essas condições, criadas pelo governo nos últimos anos, tendo como suporte o avanço e a estabilidade da economia do País, tornaram o sonho da casa própria possível para milhões de brasileiros, que antes apenas podiam imaginar um lugar para chamar de lar. Nunca houve tanto crédito disponível no mercado e nunca os brasileiros tiveram tanto acesso as esses recursos.
O aumento da concorrência entre os agentes financiadores também tem facilitado a compra da casa própria. Hoje, mais bancos realizam esse tipo de financiamento e disputam entre si os clientes, que têm à sua disposição a opção de escolher entre a instituição financeira que lhe oferece as melhores condições para a realização deste sonho.
"O crédito imobiliário iniciou sua retomada em 2005. Para se ter uma ideia, naquele ano, apenas a Caixa Econômica financiou R$ 5 bilhões. Já em 2012, os financiamentos imobiliários feitos pela Caixa saltaram para R$ 100 bilhões. Isso apenas da Caixa, sem considerar outros bancos. A retomada do crédito imobiliário no País tem como marco a Lei nº 10.931 (de 2 de agosto de 2004), que dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações imobiliárias e alienação fiduciária do imóvel, o que trouxe tranquilidade tanto para quem compra, quanto para quem vende", explica o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro.
Mudança
Conforme o líder classista, esse marco regulatório foi o início de uma ampla mudança na concessão de crédito para o financiamento de imóveis no Brasil, que, em sua avaliação, "mudou a feição da construção civil no País como um todo", transformando o mercado não apenas para as construtoras, mas também para os consumidores.
Antes, além de não possuírem tanta facilidade de acesso ao crédito, a população não tinha segurança para adquirir um bem como uma casa, a um prazo mais extenso. "Antes, as pessoas não tinham confiança de que as prestações do financiamento imobiliário seguiriam normas pré-determinadas, como ocorre no SAC (Sistema de Amortização Constante). Há alguns anos, as pessoas financiavam a casa e, quando terminavam de pagar todas as parcelas e acreditavam que tinham quitado a dívida, verificavam junto à instituição financeira que ainda havia um saldo devedor enorme, às vezes, suficiente para comprar outro imóvel. Depois de tantos anos pagando, ainda havia o saldo residual", conta Montenegro.
Marco
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic) também destaca a Lei nº 10.931/2004 como um importante marco para o setor imobiliário no País. Ainda em 2004, a Cbic elaborou uma cartilha na qual explica cada aspecto da Lei nº 10.931, avaliando que três palavras resumem o sentido desta lei: segurança jurídica, transparência e credibilidade.
Na publicação, a Cbic destaca ainda que "a Lei nº 10.931/2004 foi criada para estabelecer um novo parâmetro de regulação entre os atores do setor da construção, com destaque para os consumidores, que passaram a ter um nível de segurança jurídica bastante elevado. A Lei representou um marco na história da economia brasileira, ao unir o mercado imobiliário, financeiro e de capitais".
Estabilidade
O presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE), Marcos Novaes, avalia que o primeiro passo para o avanço do crédito imobiliário no País foi dado um pouco antes, em 1994, a partir da implantação do Plano Real.
"A estabilização da nossa moeda foi o primeiro passo. Antes, a gente não conseguia planejar o nosso futuro. A partir do Plano Real, com a moeda estável, a inflação sob controle, as pessoas puderam planejar melhor o futuro, planejar a aquisição da casa própria", afirma.
Referência
Conforme Novaes, o Brasil é hoje uma referência em crédito imobiliário, devido ao seu sistema bancário bem regulado, e a tendência é que o financiamento para a aquisição ou construção de imóveis continue crescendo no País. "A inflação sob controle, a poupança e o FGTS lastreando o crédito e as construtoras em um momento muito bom favorecem a expansão do financiamento imobiliário", acrescenta.
Incentivos
Além do marco regulatório e da estabilização da moeda e da inflação, o crescimento da economia brasileira, a maior geração de emprego e a melhoria na renda da população foram outros fatores propícios para incentivar ainda mais o aquecimento do mercado imobiliário e facilitar a liberação de crédito.
Com as condições macroeconômicas favoráveis, o governo reduziu juros e estendeu o prazo para financiamento, fazendo brilhar novamente nos olhos dos brasileiros a esperança de conseguir a almejada casa própria. "Em 2005, o prazo máximo para o financiamento de um imóvel era dez anos. Hoje, o prazo chega a 35 anos. A vantagem é que a prestação ficou menor", diz André Montenegro. "A população criou mais confiança para investir em longo prazo", ressalta. "Os juros também continuam muito atrativos, variando entre 4,5% e 9%", completa.
Minha Casa, Minha Vida
Ao mesmo tempo, o vice-presidente do Sinduscon-CE ressalta que o governo federal também foi um grande incentivador do setor, a partir da criação do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), em 2009.
"Além dos benefícios de até R$ 17 mil para os consumidores incluídos no MCMV, o governo também instituiu o Fundo Garantidor. Se uma pessoa perde o emprego, por exemplo, o governo garante o pagamento das prestações, assegura que o cliente não vai ficar inadimplente por um ano", diz, ressaltando que isso é mais uma segurança para quem atua no mercado e uma tranquilidade para o consumidor. "Pelo lastro do crédito imobiliário, que vem da poupança e do FGTS, e pela grande demanda, uma vez que o Brasil ainda possui um déficit habitacional de aproximadamente sete milhões de unidades, o financiamento para o setor continuará crescendo pelo menos por mais 20 anos", completa o presidente da Coopercon-CE.
Reestruturação
O economista Alex Araújo, por sua vez, avalia que dois fatores principais contribuíram para a facilitação da oferta de crédito imobiliário no Brasil: o acesso ao mercado de capitais pelas grandes incorporadoras, nos últimos cinco anos, e a reestruturação do Sistema Financeiro Habitacional (SFH).
"O primeiro ponto facilitou a retomada da oferta imobiliária e a melhoria dos projetos, tanto com relação à tecnologia construtiva quanto com relação aos projetos arquitetônicos. Já o segundo, com a redefinição de paramentos mais realistas para o crédito, principalmente para as faixas de renda mais baixas (exemplo do Programa Minha Casa, Minha Vida), permitiu o acesso ao financiamento", avalia o economista.
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